sexta-feira, 11 de maio de 2007

Conto - O futuro é agora

Energia elétrica. Telefone. Informática. Telefone celular. Computador. Internet. Orkut. MSN. Pager.

Por diversas vezes, tive a oportunidade de sentar ao lado de meu avô e ouvir as belas estórias contadas por ele. Quantas vezes, eu ficava muito espantado com as suas “proezas” e também suas travessuras.

Mas, o que vale a pena ser dito, neste momento, não são as suas estórias, porém, as condições em que vivia meu avô e todos os demais que passaram por aquela época.

A maioria das pessoas moravam na zona rural, em humildes casas, onde a infra-estrutura e o conforto passavam muito longe.

Energia elétrica? Ninguém sabia o que era isso. Todos tomavam banho com água fria e, muitas pessoas não tinham nem sequer chuveiro.

Comida enlatada? Isso não existia. Todos plantavam para ter o que comer. A lavoura era a maravilha. Tudo era colhido e servido na mesma hora, fresquinho. E a carne era fruto dos animais criados nos pastos e chiqueiros existentes na redondeza da pequena casa onde morava a grande família, constituída pelo casal e seus inúmeros filhos (a maioria das famílias tinha acima de cinco filhos). Os animais eram mortos, limpos e armazenados de forma específica, pois também não havia geladeira. Como ela funcionaria, sem energia elétrica?

As pessoas andavam a pé, a cavalo, de carroça, de bicicleta. Carro? Eram raríssimos. Isso era artigo de luxo. Mas, a vida não parava em razão disso. Todos continuavam trabalhando e batalhando por uma vida melhor.

O tempo passa e as coisas mudam.

A energia elétrica chega até as residências. Que espanto. As pessoas não se cabem de felicidade ao verem que podem aposentar as velas, as lamparinas, os lampiões e, num simples toque de botão, ter a luz. E com ela, várias outras regalias que antes não existiam.

Então, surge a televisão, e com ela, acabam também as rodas de cantorias e os dedos de prosa entre os próprios familiares e seus amigos, pois, todos passam a ficar na frente daquele aparelho, horas a fio.

Como o tempo nunca pára, a vida continua passando e continuam surgindo novidades, a cada dia.

Surge então um novo aparelho chamado telefone. Nossa.....Como o telefone modificou a vida das pessoas. Meu avô falava comigo através de um aparelho, mesmo estando nós, quilômetros distantes um do outro. É uma invenção interessantíssima, e com ela os longos papos trocados através das correspondências começam a diminuir.

E como o tempo passa....

Hoje, estamos todos nós vivendo num mundo, onde todos dependem de máquinas para tudo. É impressionante.

Quando estamos em casa, a luz, com certeza está acesa. Se o dia está quente, há um ventilador (ou ar condicionado) ligado por perto. A geladeira está repleta de guloseimas e a “despensa”, cheia de enlatados.

Não podemos parar por aí. Quando temos um momento de folga, sentamos na frente da televisão e, através dela, temos conhecimento de tudo que está acontecendo no mundo. E detalhe.....ao vivo.

E, quando estamos trabalhando, necessitamos de uma máquina, que facilita muito o nosso serviço. Esta máquina recebe o meu de computador, sem o qual não conseguimos viver, hoje, porque como trabalharíamos sem ele? Onde arquivaremos nossos documentos? Como faríamos uma transação financeira? Como tiraríamos um extrato numa agência bancária, se o sistema está “fora do ar”?

Hoje, vivemos num mundo totalmente informatizado, onde dependemos da máquina para realizarmos as mais simples atividades cotidianas.

Não conseguimos sair de casa, sem levarmos conosco o nosso telefone celular. Como vou fazer se meu carro quebrar no meio de uma viagem estiver sem o meu celular? Não sei viver sem ele, ouvimos por diversas vezes.

As crianças se sentam em frente ao computador e trocam e-mails, fazem trabalhos escolares, têm páginas no orkut e conversam através do msn.

Tudo isso, se tornou imprescindível para a vida de todos.

Hoje, o conforto e a comodidade tocaram conta de tudo. E isso é bom, mas pode trazer algum tipo prejuízo. Mas, vamos esperar, pois o tempo continua passando, aliás, voando, e não sabemos como será o dia de amanhã. Não sabemos qual será a invenção de amanhã.

O que me resta dizer agora é que é muito bom poder ficar sentado num sofá confortável e ter notícias sobre o mundo. Utilizar um computador e fazer todas as transações financeiras, sem precisar enfrentar uma fila no banco. Fazer uma ligação urgente e não ouvir que a pessoa não está, pois o telefone celular está sempre em mãos.

Tudo isso é muito bom, mas seria melhor ainda, se pudesse ter meu avô pra continuar contando suas estórias ou mesmo falar com ele através do telefone, do celular, do msn, porque não. Mas, infelizmente, o que me resta hoje, é ver a sua imagem através de uma fotografia tirada numa máquina polaroid.

Essa é a nossa vida, transformada a cada piscar de olhos...

segunda-feira, 7 de maio de 2007

POESIA: Vento x Vida

Vida, sem destino sempre
Escorrendo entre os dedos
Nada podemos fazer
Tão veloz, sem piedade
Onde parar? Não sabemos